REVIRAVOLTA NO CASO DA ITA | UaiSôMochilando News [ atualizado ]

ITA é vendida e empresa planeja voltar a operar voos





A Itapemirim Transportes Aéreos (ITA) não pertence mais ao Grupo Itapemirim. Em comunicado oficial divulgado pela ITA, foi confirmada a venda da empresa para a Baufaker Consulting, que planeja retomar as operações com as aeronaves.

A empresa financeira, administrada por brasileiros, assumiu a companhia aérea e pretende trazer a ITA de volta para o mercado.

Com a aquisição de cinco aeronaves A320ceo, a Baufaker Consulting “promete inaugurar um novo e inédito modelo de transportar passageiros e cargas em território nacional”, declarou Adalberto Bogsan, CEO da ITA em nota.

A ITA encerrou suas atividades em dezembro de 2021, sem aviso prévio e deixando dívidas milionárias. Com isso, a Agência Nacional de Aviação (Anac) suspendeu a licença de operações da companhia, que tinha apenas seis meses de funcionamento. No entanto, a Baufaker Consulting quer reverter a situação.

Na próxima semana, começa a nova fase de retomada com reuniões com SAC, Anac, além de negociações dos passivos acumulados neste período de interrupções das operações, como salários, leasing, taxas de aeroporto, reembolso de passageiros e outros, destacou o CEO da ITA.

Além disso, para conseguir a licença de operações, a Baufaker Consulting terá que passar por todas as etapas, desde o início, para conseguir nova documentação que permita a ITA retornar aos ares.

Fundada em 2008 e com coworking em Brasília, a Baufaker é uma empresa considerada de pequeno porte, segundo suas informações de registro, que declara atuar em gestão empresarial.

Confira comunicado completo emitido pela ITA Transportes Aéreos e assinado por Adalberto Bogsan:


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Itapemirim escapa da falência com proposta de novo plano de recuperação, que terá de ser votada pelos credores
Por Mariana Barbosa
atualizado em: 20/04/2022 • 12:08


Atendendo a uma decisão judicial, o empresário Sidnei Piva de Jesus apresentou na segunda-feira à noite um aditivo ao plano de recuperação judicial — livrando a empresa da decretação da falência do grupo Itapemirim, conforme determinação do juizo da 1ª Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo.

No aditivo, que será apreciado em Assembleia Geral de Credores, prevista para acontecer em meados de maio, Sidnei propõe que ele e toda a sua diretoria sejam mantidos na gestão do negócio — contrariando determinação da justiça criminal, que não só decidiu por seu afastamento da gestão como impôs medidas cautelares de restrição de liberdade, tais como apreensão de passaporte e uso de tornozeleira eletrônica.

Em sua proposta, Sidnei oferece a venda de um terreno para pagar os credores, com a criação de uma Unidade Produtiva Isolada. O terreno é um parque rodoviário localizado em Cachoeiro de Itapemirim e avaliado extra-oficialmente em R$ 90 milhões. A dívida da Itapemirim, conforme o plano de recuperação aprovado pelos credores em 2019, é de cerca de R$ 250 milhões. Há ainda outros R$ 2,2 bilhões em dívida ativa com a União. Contrariando as regras da recuperação judicial, Sidnei propôs que a venda do terreno seja feita por um assessor econômico e não por meio de leilões judiciais.



Desde que assumiu a empresa, Sidnei já arrecadou R$ 135 milhões com a venda de 60 terrenos espalhados pelo país. Porém, apenas R$ 30 milhões foram destinados a pagamento de credores. O restante foi desviado para a companhia aérea (mais de R$ 30 milhões), para empresas da esposa de Sidnei e também de uma ex-sócia dele, para a compra de carros importados e vultosos pro-labores. O empresário adquiriu cobertura na praia da Riviera, no litoral paulista, e vive em um apartamento de 500 metros quadrados em um condomínio de luxo no Itaim, próximo à Avenida Faria Lima.

O patrimônio imobiliário da Itapemirim é motivo de disputa entre Sidnei Piva e a família de Camilo Cola, fundador da empresa. Pelo acordo de venda da empresa, os imóveis deveriam ter ficado fora do negócio — interpretação que Sidnei tenta contestar nos tribunais.