SANTA BÁRBARA MG

O que fazer em Santa Bárbara?
Leia até o final e você vai se surpreender!


A Santa Bárbara do passado...

a Santa Bárbara de hoje...


A História de Santa Bárbara

As origens de Santa Bárbara remontam o período da exploração do ouro em Minas Gerais, no início do século XVIII. O bandeirante paulista Antônio Silva Bueno, explorando as margens do ribeirão existente nas fraldas da Serra do Caraça, encontrou ali ricas minas de ouro. Conforme registro no calendário litúrgico, ele chegou aqui em 4 de dezembro de 1704, dia de Santa Bárbara e, por este motivo, batizou o ribeirão com este mesmo nome.

As minas descobertas pelo bandeirante, às margens do ribeirão Santa Bárbara eram muito ricas e, por isso, despertaram a ambição de outros aventureiros mineradores. Estes, na esperança de enriquecer, vieram morar na região. E foi assim que começou o arraial de Santo Antônio do Ribeirão de Santa Bárbara.
E você sabe o motivo deste nome? Já explicamos o fato de ser Santa Bárbara e, agora, esclarecemos o porquê do Santo Antônio. Simples! Ele era padroeiro dos bandeirantes recém-chegados. Em meio a essa devoção, logo uma capela foi erguida.

A Igreja Matriz de Santo Antônio




Em 1713 a igreja Matriz de Santo Antônio começou a ser construída e segundo conta a história, à medida que o arraial crescia, novas igrejas e capelas eram erguidas. O tempo passou e no ano de 1724, um alvará de 16 de fevereiro conferiu à Freguesia de Santa Bárbara o caráter de colativa, sendo o Padre Manoel de Souza Tavares (1724-1750) o seu primeiro vigário.

Mas o que seria isso? A gente explica!

Na verdade, Vigário Colado era aquele que não poderia ser removido. Na época, havia também o Vigário Encomendado, que podia ser transferido para qualquer Freguesia.

A FERROVIA



Um sopro de dinamismo percorre a cidade de Santa Bárbara. As atividades econômicas renovam-se. Em agosto de 1911, foi inaugurada a estação Ferroviária da estrada de Ferro Central do Brasil, antes mesmo da conclusão de toda a infraestrutura necessária. O pontilhão de ferro, importado da Inglaterra ficou retido na Europa, obrigando os passageiros a chegarem à cidade por uma ponte de madeira. Esta, foi construída por Sílvio e Antônio Lorenzato e outros italianos.

Com a inauguração da estação, consolidou-se o processo econômico do início do século XIX com a mudança nas funções e na maneira pela qual a população organiza a sua sobrevivência. E mais, com o trem chega o telégrafo.

As obras do ramal para ligar as linhas da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, partindo de Nova Odessa e terminando em Piracicaba, foram solicitadas ao governo do Estado de São Paulo em 1902, mas somente tiveram início a partir de 1913. A construção do primeiro trecho da via férrea até Santa Bárbara demorou mais do que o planejado, em virtude da 1ª Guerra Mundial, que dificultou a importação de produtos, como a aquisição de trilhos.

Com o avanço das obras, quilômetros de linhas cortaram Santa Bárbara, pontes foram construídas e, próximo ao Ribeirão dos Toledos foram edificados os prédios para a instalação da estação, das residências do chefe e demais funcionários da Companhia Paulista de Estrada de Ferro. Em 14 de julho de 1917, foi inaugurado o ramal partindo de Nova Odessa, passando pelo posto telegráfico de Recanto (onde ficava a chave utilizada para a mudança da linha), terminando na Estação de Santa Bárbara.

Antes da inauguração da Estação de Santa Bárbara, em 1917, a cidade já contava com uma linha férrea particular em toda a propriedade da Companhia de Estrada de Ferro e Agrícola Santa Bárbara (conhecida como Usina Santa Bárbara), inaugurada em 25/07/1914. Com a chegada dos trilhos da Companhia Paulista, a usina construiu uma linha ligando as linhas férreas.

Afonso Augusto Moreira Pena

Afonso Augusto Moreira Pena, nasceu em Santa Bárbara, em 30 de novembro de 1847, ele foi um advogado e político brasileiro. Foi o sexto presidente da República

Ele iniciou sua carreira política durante o Império, exercendo vários cargos, incluindo de presidente de Minas Gerais [cargo que hoje em dia é o governandor do estado], legislador, presidente do Banco da República e ministro de Estado.

Exerceu advocacia em seu estado natal e foi eleito deputado provincial em 1874. Em 1878, foi eleito deputado geral, sendo reeleito nas eleições seguintes. Ainda durante o Império, foi ministro de Estado entre 1882 e 1885, comandando as pastas da Guerra, da Justiça, da Agricultura e dos Transportes.

Em 1892, Pena foi eleito presidente de Minas Gerais. Durante seu mandato, mudou a capital estadual de Ouro Preto para Belo Horizonte e fundou a Faculdade Livre de Direito. 

Em 1903, foi nomeado vice-presidente da República e, na eleição de 1906, elegeu-se presidente com quase a totalidade dos votos. 

Como presidente, viabilizou o intercâmbio de diferentes unidades monetárias, expandiu o sistema ferroviário e interligou a Amazônia ao Rio de Janeiro pelo fio telegráfico. Morreu no exercício do cargo, em 1909, sendo sucedido por Nilo Peçanha.

Em 14 de junho de 1909, Afonso Pena faleceu no Palácio do Catete devido a uma forte pneumonia, cujos sintomas iniciaram-se no mês anterior. Especulou-se que sua morte teria como causa um "traumatismo moral" por conta da morte recente de seu filho Álvaro e pela crise sucessória. Seu velório foi realizado no palácio do governo e, em 16 de junho, o corpo foi sepultado no Cemitério de São João Batista. 

Hotel Quadrado

O Hotel Quadrado é o meio de hospedagem mais antigo da cidade, construído em estilo barroco no início do século XX. Embora não haja documentação sobre sua data de construção ou quem ordenou sua edificação, especialistas acreditam que tenha sido construído como uma hospedaria pioneira na região.

O prédio é um belíssimo casarão de esquina e passou por uma restauração completa em 1999, preservando seus traços originais. Sua porta principal, localizada na rua Conselheiro Afonso Pena, recebeu personalidades do império e da república, além de religiosos, viajantes e turistas europeus. Durante o auge do comércio em Santa Bárbara, impulsionado pela construção da linha ferroviária, o Hotel Quadrado ganhou renome internacional pela sua limpeza, comida e hospitalidade, características que o mantiveram por décadas.

Atualmente, a entrada principal foi transferida para a praça da matriz, devido à necessidade de espaço para estacionamento dos clientes. O prédio possui duas fachadas, uma voltada para a rua Conselheiro Afonso Pena e outra para a Praça da Matriz, com várias janelas de madeira, vidro e fechamento do tipo guilhotina. Apesar das intervenções ao longo do tempo, o prédio mantém seu estilo original. No interior, há uma mistura de elementos modernos e eruditos do barroco mineiro, proporcionando um ambiente acolhedor.

Inicialmente batizado de "Hotel do Comércio" pelo seu fundador, o estabelecimento ficou mais conhecido pelo sobrenome de sua família, Quadrado. Também recebeu outros nomes, como Santa Inês, em homenagem a uma de suas proprietárias.

O Hotel Quadrado está repleto de histórias e estórias que o conectam à história centenária de Santa Bárbara. Durante a Revolução Constitucionalista de 1930, conta-se que um grupo de soldados revolucionários invadiu o prédio e consumiu a comida destinada aos hóspedes, prometendo pagar a conta após a revolução, que ainda permanece pendente até hoje.

D. Maria Quadrada, esposa do fundador Sr. Joaquim Quadrado, recebeu hóspedes ilustres com sua gentileza e hospitalidade. Entre eles, estavam o Barão de Cocais, Joaquim Feliciano Pinto Coelho da Cunha; o Barão de Catas Altas, João Batista Chinchorro Coutinho; o escritor e romancista Agripa de Vasconcelos, enquanto escrevia sua obra mais famosa, "O Gongo Soco"; e o médico, escritor e romancista Pedro Nava, enquanto trabalhava em sua obra semiautobiográfica "Baú de Ossos", entre muitos outros.


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