IOF EM VIAGENS INTERNACIONAIS VOLTA A SUBIR: VEJA O QUE MUDA PARA QUEM VAI AO EXTERIOR

Nova alíquota de 3,5% passa a valer para cartões de crédito, débito e compras em moeda estrangeira. Entenda como o imposto impacta diretamente os viajantes.


Se você está com planos de viajar para fora do Brasil, é bom prestar atenção: o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em compras internacionais foi restabelecido na alíquota de 3,5%, atingindo diretamente quem utiliza cartão de crédito, débito ou cartões pré-pagos no exterior.

A decisão veio do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio do ministro Alexandre de Moraes, que validou um decreto do governo federal publicado em maio de 2025 e que havia sido parcialmente suspenso pelo Congresso. Agora, com a retomada da maior parte do texto, as novas regras voltam a valer, com impacto imediato para os viajantes brasileiros.

Mas o que muda, afinal? Neste post, o UaiSôMochilando te explica tudo o que você precisa saber sobre o novo IOF, como ele é cobrado e qual é a melhor forma de se organizar financeiramente antes de embarcar.

O que é o IOF?

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre uma série de operações financeiras, como câmbio, seguros, crédito e investimentos. Para quem viaja ao exterior, ele aparece principalmente nas operações de câmbio e uso de cartões.

O que está valendo agora?
  • Desde a nova decisão, está valendo a alíquota de 3,5% para:
  • Compras internacionais com cartão de crédito
  • Compras internacionais com cartão de débito internacional
  • Uso de cartões pré-pagos ou multimoedas (travel money)
  • Compra de moeda estrangeira em espécie
Ou seja, independentemente da forma como você for gastar lá fora, o imposto será o mesmo: 3,5%. A diferença está no momento em que o imposto é aplicado, o que pode influenciar na sua decisão.

Crédito x débito x pré-pago: qual vale mais a pena?

Apesar da alíquota ser a mesma, o timing da cobrança do IOF é o que mais importa:

Cartão de crédito internacional: o IOF de 3,5% é cobrado no dia em que a compra é efetivada na fatura — o que significa que você pode pegar um câmbio mais alto (ou mais baixo), dependendo da oscilação da moeda até a data de fechamento.

Cartões de débito, pré-pagos e multimoedas: o imposto é cobrado no momento do carregamento do cartão. Ou seja, você já sabe exatamente quanto vai pagar — inclusive em relação ao câmbio do dia —, o que ajuda no planejamento e reduz surpresas.

De acordo com especialistas, como o planejador financeiro Carlos Castro, esse é o principal diferencial dos cartões pré-pagos: câmbio travado no dia do carregamento, o que pode ser uma vantagem para quem prefere mais controle nos gastos.

E quem carregou o cartão antes do aumento?

Se você já tinha carregado seu cartão multimoedas ou pré-pago antes do novo decreto entrar em vigor, a boa notícia é que não precisará pagar o novo IOF sobre aquele valor. O imposto é cobrado no momento da operação de câmbio, então compras feitas com saldo já carregado não serão afetadas.

Vale a pena usar dinheiro em espécie?

A compra de moeda estrangeira em espécie também está sujeita à nova alíquota de 3,5% de IOF. Porém, por ser uma operação direta e fora do sistema bancário digital, muitas casas de câmbio aplicam o câmbio turismo, que costuma ser menos vantajoso que o comercial.

Ainda assim, levar uma parte do valor em espécie pode ser útil para pequenas despesas, transporte, gorjetas ou emergências.

Dá para fugir do IOF?

Infelizmente, não há como escapar legalmente do IOF em operações cambiais e uso de cartões no exterior. No entanto, é possível minimizar os impactos fazendo um bom planejamento financeiro:

Antecipe a compra da moeda quando o câmbio estiver em queda

Prefira cartões multimoedas que permitem carregamento com câmbio travado

Pesquise opções de fintechs que cobrem cotação do dólar comercial, geralmente mais baixa que o dólar turismo

Acompanhe promoções de cashback e vantagens de bancos digitais, que podem compensar a cobrança do imposto

Conclusão

Viajar para o exterior continua sendo possível mesmo com os ajustes no IOF, mas exige mais planejamento e atenção aos detalhes financeiros. Com a nova regra, o governo iguala as condições para diferentes tipos de cartão, mas deixa nas mãos do viajante a escolha da melhor estratégia para economizar.

Se você vai cruzar fronteiras em breve, vale a pena conversar com seu banco ou fintech, comparar taxas e definir com calma qual forma de pagamento mais combina com o seu estilo de viagem.

E você, já sabia dessa mudança? Conta pra gente como costuma se organizar para viagens internacionais!

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