PROBLEMAS NO AEROPORTO DE NORONHA

Fernando de Noronha enfrenta restrições aéreas após atolamento de aviões no aeroporto
Por Gérson Pereira Torres


Um dos destinos mais cobiçados do Brasil está no centro de uma crise na aviação regional. Fernando de Noronha, famoso por suas paisagens paradisíacas e pelo turismo sustentável, teve suas operações aéreas drasticamente limitadas após dois episódios graves em menos de dez dias: aeronaves da Gol e da Azul ficaram atoladas no pátio do aeroporto da ilha, quando o asfalto cedeu sob o peso dos aviões.

A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (4) pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A partir de agora, está proibido o aumento de voos e a presença de mais de uma aeronave ao mesmo tempo no terminal. A medida, classificada como cautelar, visa garantir a segurança das operações enquanto obras de requalificação do Aeroporto Governador Carlos Wilson não são concluídas.

Os problemas começaram no dia 22 de junho, quando um avião da Azul atolou momentos antes da decolagem. No domingo seguinte (29), foi a vez de uma aeronave da Gol, reforçando o alerta sobre as condições precárias da infraestrutura do pátio, que tem pavimento com mais de 30 anos, fissuras e infiltrações.

As obras de recuperação começaram em setembro de 2024, mas foram interrompidas em março deste ano após a conclusão da primeira fase, que requalificou o eixo central da pista. Desde então, o pátio de estacionamento segue sem melhorias, e as áreas danificadas expõem passageiros e tripulações a riscos consideráveis.

Segundo a Anac, a nova restrição é necessária para preservar a continuidade mínima do transporte aéreo de passageiros e garantir níveis aceitáveis de segurança. A proibição afeta diretamente as operações de jatos na ilha, que haviam sido retomadas em março após dois anos de restrição a aviões de grande porte.


A concessionária Dix Aeroportos, responsável pela operação, informou que já está cumprindo as determinações desde o início da semana. O governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), declarou que a decisão da Anac é fundamental para permitir o avanço das obras. Um novo cronograma prevê o reinício das intervenções no pátio de taxiamento e estacionamento na próxima semana, com investimento total previsto de R$ 60 milhões.

Os transtornos afetam diretamente o turismo em Noronha, cuja alta temporada se aproxima. Empresas aéreas como Azul já readequaram horários de voos e operam com modelos ATR, de menor porte. A Gol, por sua vez, suspendeu novamente suas operações na ilha.

O episódio expõe um desafio antigo do arquipélago: conciliar a preservação ambiental, o crescimento turístico e a infraestrutura necessária para receber visitantes com segurança. As autoridades afirmam que os trabalhos seguem em diálogo com os órgãos reguladores e que o objetivo é melhorar a conectividade aérea da região sem comprometer a experiência dos viajantes.

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Até o próximo post!

Fontes: Anac, Semobi, Governo de Pernambuco, Corpo de Bombeiros, G1.

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