NOVA ZELÂNDIA FACILITA ENTRADA DE NÔMADES DIGITAIS
País flexibiliza regras de visto para atrair profissionais remotos e impulsionar o turismo
A Nova Zelândia anunciou novas regras que permitem a entrada e permanência de nômades digitais por até 90 dias, incentivando a combinação de trabalho remoto com turismo. A mudança tem como objetivo revitalizar o setor turístico, duramente afetado pela pandemia, e atrair profissionais qualificados para o país.
A nova política permite que visitantes trabalhem remotamente para empresas estrangeiras enquanto aproveitam as paisagens e a cultura local. No entanto, aqueles que ultrapassarem o período de três meses poderão ser considerados residentes fiscais e sujeitos à tributação local.
Segundo a ministra da Imigração, Erica Stanford, a medida visa prolongar a estadia dos visitantes e aumentar o fluxo de gastos na economia local. Já a ministra do Crescimento Econômico, Nicola Willis, destacou que a flexibilização deve atrair talentos globais sem competir com a mão de obra neozelandesa.
Antes da pandemia, o turismo era a principal indústria de exportação do país, movimentando cerca de 135 bilhões de reais anuais. Com a recessão e o aumento do desemprego, o governo busca soluções para reaquecer a economia, seguindo o exemplo de países como Japão, Coreia do Sul, Brasil, Espanha e Portugal, que já oferecem vistos específicos para nômades digitais.
Apesar da popularidade do modelo, alguns destinos enfrentam desafios. Em Cidade do Cabo, na África do Sul, e em regiões da Espanha e Grécia, a chegada massiva de trabalhadores remotos elevou os custos de vida, gerando protestos contra o turismo excessivo.
Com a iniciativa, a Nova Zelândia espera equilibrar crescimento econômico e sustentabilidade, tornando-se um dos principais destinos globais para profissionais que desejam aliar trabalho e qualidade de vida.