FUSÃO ENTRE AZUL E GOL
Como isso pode impactar o preço das passagens aéreas?
Uma notícia tem movimentado o setor aéreo e pode impactar diretamente os viajantes brasileiros: a possível fusão entre Gol e Azul. Juntas, essas duas companhias controlariam cerca de 60% do mercado nacional de aviação civil. Essa concentração, de acordo com especialistas, pode levar ao aumento dos preços das passagens aéreas.
Se você, mochileiro ou amante de viagens, está se perguntando como essa fusão pode afetar seu bolso e suas aventuras, trouxemos uma análise completa com base no que foi divulgado até agora.
O que está em jogo?
No dia 15 de janeiro, a Gol e a Abra (controladora da empresa) anunciaram um “memorando de entendimento” com a Azul, sinalizando o interesse em uma fusão. No entanto, para que isso aconteça, algumas etapas ainda precisam ser concluídas, como:
Formalização dos acordos finais entre as empresas.
O Cade, órgão responsável por evitar abusos de poder no mercado, pode impor medidas para equilibrar a competição, como restringir slots (vagas de pouso e decolagem) ou exigir a venda de programas de fidelidade.
Preços das passagens em risco?
Especialistas acreditam que a fusão pode reduzir a concorrência e, com isso, elevar o preço dos bilhetes. Hoje, o mercado nacional conta com três grandes players: Azul, Gol e Latam. Caso Azul e Gol se unam, a Latam pode optar por seguir a tendência de preços mais altos ao invés de competir de forma agressiva.
Cleveland Prates, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), chama isso de “coordenação tácita”: quando empresas ajustam suas práticas sem combinar diretamente, priorizando lucro em vez de competição.
Por outro lado, o CEO da Azul, John Rodgerson, afirma que a fusão pode aumentar a conectividade e reduzir custos operacionais, o que traria passagens mais baratas e voos para cidades menores.
Impactos para novos players no mercado
Outro ponto levantado é a possível dificuldade para novas empresas entrarem no mercado brasileiro. Entre os fatores que podem impedir novos concorrentes estão:
A concentração de slots nos principais aeroportos.
A escala e os programas de fidelidade robustos das grandes empresas, que tornam mais difícil competir.
E o governo?
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que a fusão poderia fortalecer o setor, mas garantiu que o governo estará vigilante para evitar que os preços das passagens aumentem.
O que o viajante pode fazer?
Enquanto essa novela segue, algumas dicas podem te ajudar a planejar suas viagens sem sustos:
Acompanhe promoções: use aplicativos e plataformas para monitorar preços de passagens.
Planeje com antecedência: quanto antes você comprar, maiores as chances de encontrar tarifas mais baixas.
Considere aeroportos alternativos: fugir dos grandes hubs como Congonhas pode ajudar a economizar.
Se a fusão for concretizada, ela poderá trazer benefícios ou desafios para os viajantes. Por isso, aqui no Uai Sô Mochilando, vamos acompanhar de perto todas as novidades e manter você informado para continuar explorando Minas Gerais, o Brasil e o mundo com economia!
E você, o que achou dessa possível fusão? Conta pra gente nos comentários!