TURISMO QUILOMBOLA EM ALTA
Experiências em comunidades tradicionais mineiras atraem viajantes em busca de cultura, história e conexão
Minas Gerais sempre foi sinônimo de história, cultura e acolhimento. Mas nos últimos anos, um novo tipo de turismo vem ganhando força no estado: o turismo de vivência em comunidades quilombolas. De acordo com especialistas do setor, cada vez mais viajantes têm buscado experiências autênticas, com propósito, e que ajudem a valorizar as raízes do Brasil profundo.
Uma das regiões que despontam nesse cenário é a do Vale do Jequitinhonha, com destaque para as comunidades de São Julião, Mumbuca e Córrego do Rocha. Ali, o visitante tem a chance de mergulhar na tradição quilombola: conhecer modos de vida, culinária ancestral, arte em barro e palha, e ouvir histórias de resistência que não aparecem nos livros escolares.
A gastronomia é um show à parte: pratos feitos em fogão a lenha, com ingredientes do quintal e saberes passados de geração em geração. Uma simples refeição se transforma em aula viva de cultura afro-brasileira.
A música, a religiosidade e o artesanato completam o roteiro. Muitas dessas comunidades oferecem hospedagens em formato de turismo comunitário, com todo o acolhimento que só o povo mineiro sabe dar.
“É uma viagem que transforma, porque tira a gente do modo automático. A gente aprende com a sabedoria do outro e entende um pouco mais do Brasil real”, conta Leidiane Magalhães, mochileira do UaiSôMochilando, que visitou recentemente o Quilombo do Paiol.
As visitas são organizadas com agências parceiras ou diretamente com lideranças locais, respeitando a autonomia das comunidades e priorizando a sustentabilidade.
Mais do que uma tendência, o turismo quilombola é um convite a repensar a forma como viajamos. É sobre estar presente, escutar, valorizar.
Então, se você está montando sua próxima rota por Minas e quer sair do óbvio, fica a dica: vá conhecer uma comunidade quilombola. Você volta diferente.
